Atenção! Já está acesa a luz vermelha na Fundação Atlântico. Nossas aposentadorias complementares estão em risco. Desde 2006, os participantes e trabalhadores não tem assento nos Conselhos Deliberativo e Fiscal do Fundo. A eleição de 2006 para esses Conselhos estão sub júdice e manobras da Oi, com a incrível conivência da PREVIC, transformaram o nosso Fundo de Pensão em uma caixa-preta, onde as decisões são tomadas em gabinetes fechados e à meia luz.
Entre 2009 e 2013, dois processos eleitorais não foram instalados na Fundação Atlântico em conluio com a patrocinadora e sob as vistas grossas do Governo. Isso significa que os “representantes” ilegítimos nomeados pela Empresa usurpam o direito dos participantes escolherem democraticamente seus representantes. A legislação exige essa representação e o estatuto da Fundação prevê a eleição de 1/3 dos conselheiros deliberativos e fiscais pelos participantes e trabalhadores, para mandatos de três anos.
A situação é grave e exige dos trabalhadores e participantes medidas duras. Trata-se de um caso de polícia. Muito dinheiro está passando de mão em mão e não temos controle algum do que ocorre com o dinheiro das nossas aposentadorias. Em 19 de dezembro de 2012,foram realizadas mudanças no estatuto da Fundação Atlântico, nos artigos 13 e 17, que dão à Patrocinadora o direito de nomear os representantes dos participantes e trabalhadores. Isso mesmo, a Oi agora tem o direito de nomear quantas raposas quiser para tomar conta do galinheiro. E o mais aterrador: essas modificações foram feitas com o voto dos “representantes” dos participantes e trabalhadores nomeados pela empresa.
Alguma coisa está muito errada e estamos muito preocupados. A ANAPAR, entidade nacional dos participantes de Fundos de Pensão, assim como a Fittel, já alertaram o Governo, por diversas vezes e sem sucesso, para esta situação ilegal e perigosa. Essa falta de transparência na gestão dos nossos recursos aliada a um autoritarismo da patrocinadora à omissão da PREVIC nos relega a posição de passageiros da Fundação Atlântico, sem qualquer poder de influir e, principalmente, de fiscalizar.
Já passou da hora dos trabalhadores, aposentados e pensionistas se mobilizarem. Muita gente está de olho no nosso dinheiro e se não tomarmos conta, ninguém vai fazer isso por nós.